O homem que transformou um gel cicatrizante em um creme antienvelhecimento

O homem que transformou um gel cicatrizante em um creme antienvelhecimento

Em 2018 Augustinus Bader apostou neste produto que no ano passado já faturou 60 milhões de euros. Este médico alemão insiste que o modo de envelhecer depende 30% dos genes e 70% do que fizermos com eles.

O nome de um desconhecido foi o mais pesquisado no Google em 2020 em questões relacionadas aos cuidados da pele: Augustinus Bader. É um médico alemão que dirige a divisão de Tecnologia Celular Aplicada e Pesquisa com Células-Tronco da Universidade de Leipzig. Tem 61 anos e é um estranho na indústria de cosméticos. Pelo menos era até 2018, quando transformou um gel cicatrizante experimental em um protótipo de creme antienvelhecimento. Ou mesmo até 2019, quando foi visto na primeira fila do desfile de Victoria Beckham.

Nada em sua aparência, pelo menos o que percebemos pelo Zoom, indica que seja um cientista condescendente com a indústria. Não tem respostas categóricas nem discursos ambiciosos. Dúvida. E se tem de falar sobre estratégias de mercado e “crescimento orgânico” de sua marca homônima, faz sinal para o CEO, Charles Rosier, um jovem financista francês que convenceu Bader de que aquele gel sofisticado demais para a indústria farmacêutica poderia ser um dos os produtos mais revolucionários do setor desde 1994, quando o Crème de La Mer foi relançado. A categoria “cuidados da pele” é a que mais cresce no universo da beleza. O negócio ronda os 119 bilhões de euros (cerca de 747 bilhões de reais), segundo o Euromonitor.

Rosier e o doutor Bader se conheceram em um jantar organizado por Robert Friedland, o bilionário que durante anos foi mentor de Steve Jobs. Rosier perguntou a Bader se ele poderia usar seus conhecimentos sobre regeneração dos tecidos da pele para criar um creme anti-idade. E a resposta foi um rotundo sim.

Fonte: El País

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